quinta-feira, 29 de março de 2012

Foxconn investe US$ 1,6 bi na Sharp por acesso a telas finas


Talvez pensando no ditado de que "se não pode contra o inimigo, junte-se a ele", a japonesa Sharp decidiu vender 10% de suas ações para a Hon Hai, do grupo de Taiwan que controla a Foxconn, maior montadora de iPads e iPhones da Apple. Segundo a Bloomberg, a transação injeta US$ 1,6 bilhão na primeira fabricante nipônica de TVs, que previu perdas de US$ 3,49 bilhões no ano fiscal de 2011, de acordo com a Bloomberg.
A Sharp, maior produtora de de telas LCD do mundo, deve se tornar estratégica para a Foxconn, que com o aumento da demanda por produtos da Apple buscava um novo fornecedor de displays finos. O acordo firmado entre as asiáticas prevê que a taiwanesa compre 50% da produção da japonesa - o que, em última instância, pode significar que a empresa comece a fornecer telas para iPadas e iPhones.
"Tentamos fazer tudo sozinhos, mas é difícil demais", afirmou o futuro presidente da Sharp, Takashi Okuda, em comunicado sobre a transação, segundo o blogPerdas e Lucros, do Le Monde. O negócio é, para a Sharp, um último suspiro desesperado, com a possibilidade de usar o investimento taiwanês para reformular suas fábricas de grandes para pequenas telas, na avaliação do site. Para a concorrente asiática, a compra pode significar um novo panorama, com chances até de desencadear mudanças no segmento de eletrônicos nos próximos anos, à medida que dá à Foxconn acesso a novas tecnologias.

Apple diz que bateria do novo iPad não chega a 100% de propósito


O novo iPad da Apple, depois de sofrer críticas por esquentar mais do que a segunda geração do tablet, voltou a ser alvo de ataques depois de uma notícia de que a bateria "mente" sobre estar 100% carregada. A companhia de Cupertino se manifestou sobre o assunto nesta terça-feira, um dia após as denúncias, e afirmou que não só o iPad, como o iPhone e o iPod Touch operam dessa mesma forma, e que tudo é um mecanismo do iOS para garantir a vida útil da bateria, segundo um executivo da Maçã ao All Things D.
Michael Tchao, um dos vice-presidentes da Apple, afirmou ao site que "o circuito é desenhado para que você possa manter seu dispositivo na tomada por quanto tempo quiser". Para tanto, quando a bateria atinge 100% de carga ela descarta uma pequena quantidade de energia e volta a recarregá-la até o limite máximo. O processo ocorre sucessivamente até a desconexão do cabo de energia, para que não haja sobrecarga da bateria quando o aparelho fica muito tempo conectado à rede elétrica.
De acordo com Tchao, o mecanismo "existe desde sempre no iOS", e só não há um aviso toda vez que a quantidade baixa esse pouco e volta aos 100% para que o usuário não se distraia ou se confunda com notificações na tela. Donos do novo iPads, de acordo com o vice-presidente, não precisam se procupar, porque uma vez que a carga aparece como 100%, as dez horas de bateria do produto estão garantidas.


Brasil em 2012
As novidades trazidas neste ano País incluem smart TVs com comandos de voz e gestos, que chegam entre maio e junho. Segundo os executivos da Samsung, o mercado de televisores no País não deve crescer em número de unidades em 2012, mas a participação das TVs inteligentes (no total de 11 milhões de unidades), que no ano passado foi de apenas dois milhões, deve pular para quatro milhões neste ano.
Os dispositivos móveis de comunicação ganham, em 2012, o smartphone com projetor acoplado Galaxy Beam(na segunda metade do ano, com preço na faixa de R$ 1,7 mil) e um celular com TV digital e tela de 3,2 polegadas, ainda não divulgado mas com previsão de chegar no início de abril.
As apostas da empresa em celulares se apoiam, segundo Stagni, nos modelos com internet voltados à camada mais pobre da população. Além do Galaxy Y, já disponível, outro aparelho deve compor, a partir de abril a linha de frente da Samsung junto a esse público, que teria o primeiro contato com a internet através do celular.
Quanto aos tablets, a Samsung cresceu a linha com a chegada do Galaxy Tab 7 Plus e Tab 7.7 em março ao país. Segundo dados da GFK citados pela companhia, a sul-coreana já é líder no segmento no Brasil, sucesso atribuídos pelos executivos à oferta de variedade - são 12 modelos disponíveis no site oficial. Além da atualização da linha de produtos, a companhia também prevê queda de preços por causa dos incentivos do governo.
Inovação
Sobre inovação, ressalta que dos 20% dos funcionários da companhia trabalham em pesquisa e desenvolvimento, sendo metade destes com nível de formação de mestres e doutores. "Por isso, somos a segunda maior geradora de patentes do mundo", afirma Stagni. Dos 200 mil funcionários que a empresa emprega, nove mil estão no Brasil, segundo o executivo.
A presença de uma equipe de pesquisa e desenvolvimento no País, acrescenta, seria uma das armas da Samsung para bater em uma determinada marca líder mundial em tablets. "Temos tudo aqui, e por isso reagimos rápido às demandas do mercado", afirmou.