sexta-feira, 20 de abril de 2012

Recorde na transmissão de informações quânticas



Recorde de entrelaçamento
Cientistas dinamarqueses bateram um recorde de preservação e transmissão de informações quânticas.
O entrelaçamento quântico, ou emaranhamento, é um fenômeno que produz uma espécie de "conexão fantasmagórica" entre duas partículas distantes - elas compartilham seus estados mesmo depois de distanciadas uma da outra.
Isto torna o fenômeno interessante para a transmissão de informações quânticas à distância, assim como para um novo tipo de criptografia essencialmente à prova de espionagem.
O problema é que o entrelaçamento é muito frágil - em um experimento típico, ele não dura mais do que uma fração de segundo.
Agora, Eugene Polzik e seus colegas da Universidade de Copenhague conseguiram preservar o entrelaçamento quântico por até uma hora.
Link óptico quântico
O entrelaçamento foi estabelecido e mantido entre os spins de duas nuvens isoladas de átomos de césio, usando os fótons de um raio laser.
Mas os átomos das nuvens de césio emitem fótons em todas as direções, de forma descontrolada, o que quebra o entrelaçamento.
"O que nós fizemos foi desenvolver uma técnica onde nós renovamos o entrelaçamento mais rapidamente do que sua tendência a desaparecer," explica Hanna Krauter, membro da equipe.
Isto essencialmente cria um link óptico quântico, permitindo a transmissão das informações de forma sustentada.
Físicos teóricos vinham sugerindo essa técnica há cerca de cinco anos, mas só agora ela foi realizada na prática, abrindo novas possibilidades para a comunicação quântica em condições reais de operação.
"Este é um passo para viabilizar as comunicações quânticas na prática - não apenas no laboratório, mas também no mundo real das redes típicas da internet," disse Polzik.

Memória quântica
Em uma dessas coincidências muito comuns na ciência, Ian Walmsley e seus colegas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, acabam de criar uma memória quântica para fótons que funciona a temperatura ambiente.
Esta memória quântica pode permitir o desenvolvimento de repetidores quânticos, um equipamento necessário para que as informações quânticas sejam transmitidas a longas distâncias.
Como visto, os qubits podem ser transmitidos usando fótons. Mas os fótons também se degradam ao viajar por um meio como uma fibra óptica. Por isso é necessário constantemente reforçar o seu sinal - esse é o papel do repetidor, ou hub quântico.
A memória quântica é necessária para receber o fóton "desgastado" , recuperar sua informação e reemití-lo com força total, para que ele percorra o próximo trecho até o seu destino.
O problema é que a maioria das memórias quânticas feitas até agora funciona em temperaturas criogênicas, próximas ao zero absoluto, e em condições de alto vácuo.
O grupo de Walmsley preparou uma nuvem de átomos de césio, que funciona como um qubit, aquecendo-a a uma temperatura de 62 °C - um tanto quente, mas algo bem mais fácil de se obter do que as temperaturas criogênicas normalmente usadas.
Embora a eficiência da re-emissão dos fótons seja baixa - cerca de 30% - os pesquisadores afirmam que o design do experimento é promissor e tem espaço para melhorias.

Computador quântico bate recorde de fatoração


Fatoração quântica
Cientistas chineses afirmam ter batido o recorde de computação quântica, calculando os fatores primos do número 143 - o recorde anterior era o número 21.
Os computadores atuais não são nada bons em fatoração numérica, o que tem permitido a elaboração de esquemas de segurança - a chamada criptografia - baseados justamente na dificuldade em fazer essa fatoração.
Ou seja, o eventual desenvolvimento dos computadores quânticos colocará em xeque os atuais esquemas de segurança, exigindo o desenvolvimento de técnicas igualmente quânticas de criptografia.
O número 143 parece pequeno demais para ameaçar qualquer esquema de segurança. E é de fato.
Mas o que tira um pouco o entusiasmo em relação ao feito, anunciado por Jiangfeng Du, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Heifei, é a técnica de processamento quântico utilizada.
Computação adiabática em fase líquida
A equipe usou um processo chamado computação adiabática, o mesmo usado em 2006 por Ralf Schutzhold e Gernot Schaller, da Universidade Técnica de Dresden, na Alemanha, para fator o número 21.
Ao contrário das técnicas mais pesquisadas de computação quântica, baseadas em condensados de Bose-Einstein e, mais recentemente, em dispositivos de estado sólido, incluindo semicondutores e diamante, esse processo foi adotado em um experimento que se dá em fase líquida.
Há muitas dúvidas se o processo de estado líquido pode ser ampliado para números grandes o suficiente para que a técnica tenha algum efeito prático.
Os qubits dessa "piscina quântica" são os spins de núcleos de hidrogênio em moléculas de um cristal líquido (1-bromo-2-clorobenzeno).
Cada spin é um pequeno magneto, que pode ser manipulado usando disparos de ondas de rádio, em uma técnica similar à ressonância magnética.
Processamento coletivo
Em vez dos componentes individuais, tanto dos computadores clássicos, quanto das técnicas mais comuns de computadores quânticos, na computação adiabática a piscina de qubits é controlada para que responda às entradas do processamento de forma coletiva.
A piscina quântica está sempre buscando o nível mais baixo de energia. O truque é ajustar o sistema para que seu estado de mais baixa energia dê a resposta.
É mais ou menos como mexer com uma bola, fazendo-a correr sobre um pano esticado, para que ela atinja a posição correta - somente o algoritmo quântico correto permite que uma piscina quântica resolva um determinado problema.
O inconveniente também é óbvio: cada problema exigirá um "hardware" diferente.
A forma de cálculo mais utilizada nos experimentos com processadores quânticos é o chamado algoritmo de Shor.

Criado primeiro link de comunicação quântica


Rede quântica
Cientistas alemães demonstraram na prática o primeiro link de comunicação quântica de "longa distância".
Embora a rede demonstrada seja primária, com apenas dois nós, o experimento demonstra que a tecnologia atual já é capaz de viabilizar comunicações quânticas usando os tradicionais cabos de fibras ópticas.
Redes quânticas podem ser usadas não apenas para a transmissão de dados em altíssima velocidade, com uma largura de banda impensável para os padrões atuais, como também pode fazer isso com uma segurança quase absoluta.
E elas também podem ter usos mais fundamentais, como na criação desimuladores quânticos para estudar fenômenos físicos de qualquer natureza.
Stephan Ritter e seus colegas do Instituto Max Planck construíram uma rede que acopla dois átomos individuais, que representam dois nós de uma rede.
Teoricamente, a rede pode crescer à vontade, apenas acrescentando novos átomos como nós adicionais.
Nó atômico
Um átomo individual é a menor memória possível para a informação quântica, e os fótons individuais são os melhores mensageiros para trocar essas informações entre os átomos.
Contudo, a transferência eficiente da informação entre um átomo e um fóton exige uma forte interação entre os dois, o que não se pode obter com átomos no espaço livre.
Para funcionar como nós de uma rede quântica, os átomos são aprisionados em cavidades ópticas - dois espelhos altamente reflexivos, colocados a uma curta distância um do outro.
Quando um fóton entra nessa cavidade, ele é refletido pelo espelho milhares de vezes, o que garante seu acoplamento com o átomo-memória.
Comunicação quântica
Foram vários desafios para demonstrar o funcionamento da rede quântica: primeiro, o átomo tinha que ser mantido dentro da cavidade óptica pelo tempo suficiente, o que foi realizado com a ajuda de feixes de laser precisamente ajustados.
Em segundo lugar, foi preciso garantir que o átomo emitisse apenas um fóton de cada vez.
Depois, foi preciso provar que o sistema funciona como uma interface perfeita para armazenar a informação codificada em um único fóton.
Finalmente, foi necessário conectar dois desses nós de rede quântica, trocar informações usando cada fóton individual, aferir que a informação estava chegando com alta eficiência e, mais importante, que a informação estava chegando corretamente.
Tudo isto foi demonstrado em um experimento onde cada nó da rede quântica ficou em um laboratório vizinho do outro, a 21 metros de distância, conectados por um cabo de fibra óptica de 60 metros de comprimento.
Como a rede quântica funciona
Redes quânticas apresentam propriedades peculiares, não encontradas nas redes clássicas.
Isto se deve ao comportamento fundamentalmente diferente da informação que é trocada: enquanto um bit clássico representa 1 ou 0, um bit quântico pode assumir os dois valores ao mesmo tempo, um fenômeno chamado "superposição coerente". Uma medição, no entanto, faz o qubit colapsar para um dos dois valores.
No átomo-memória, a informação quântica é codificada em uma superposição coerente de dois níveis de energia.
Quando o átomo no nó A emite um fóton, estimulado por um pulso de luz de um laser de controle, o seu estado quântico é mapeado no estado de polarização do fóton.
Através da fibra óptica, o fóton atinge o nó B, onde ele é absorvido. Durante este processo, o estado quântico originalmente preparado no átomo A é transferido para o átomo no nó B.
Como resultado, A é capaz de receber o próximo fóton, enquanto B está pronto para enviar a informação armazenada de volta para o nó A ou para qualquer outro nó da rede.

É esta característica simétrica e reversível que torna o sistema escalável para configurações arbitrárias de rede, consistindo de múltiplos nós de átomos individuais.
"Nós conseguimos provar que estados quânticos podem ser transferidos muito melhor do que seria possível com qualquer rede clássica," afirmou o Dr. Ritter.
Internet quântica e teletransporte
Em outro passo do experimento, os cientistas conseguiram gerar um entrelaçamento quântico entre os dois nós da rede.
O entrelaçamento, ou emaranhamento, é uma característica única para objetos quânticos, que os conecta de forma que suas propriedades ficam fortemente correlacionadas, não importando o quão longe eles sejam separados no espaço.
"Nós construímos o primeiro protótipo de uma rede quântica", comemora Ritter. "Conseguimos fazer a troca reversível de informação quântica entre os nós. Além disso, podemos gerar o entrelaçamento remoto entre os dois nós e mantê-lo por cerca de 100 microssegundos, enquanto a geração do entrelaçamento leva apenas cerca de um microssegundo."
Mostrando o potencial para a otimização da rede quântica, basta lembrar que, no final do ano passado, uma equipe da Dinamarca conseguiu preservar o entrelaçamento quântico por até uma hora:
O entrelaçamento de dois sistemas separados por uma distância grande é um fenômeno fascinante por si mesmo, mas também pode servir como um recurso para o teletransporte de informações quânticas.
"Um dia, isso pode não apenas tornar possível transmitir informações quânticas a distâncias muito grandes, mas também permitir uma internet inteiramente quântico," prevê Ritter.


Tecnologia no Brasil ainda tem longo caminho a percorrer


Em 1980, os pesquisadores brasileiros publicaram algo em torno de 1,9 mil artigos em periódicos científicos indexados e os sul-coreanos apenas 230. No mesmo ano, o Brasil registrou 23 patentes nos Estados Unidos, contra 13 da Coréia do Sul. Vinte anos depois, o quadro mudou bastante.
A produção científica brasileira não fez feio com os 9,5 mil artigos publicados em 2000, ainda que a contabilidade dos coreanos tenha sido melhor: 12,2 mil publicações. Mas no quesito patentes registradas nos Estados Unidos a derrota brasileira foi fragorosa: 98 contra 3.300.
As razões da arrancada asiática em direção à inovação já são bastante conhecidas: investimentos em educação, políticas públicas adequadas, incentivos fiscais, entre outras. Mas, no quadro comparativo, chama a atenção a discrepância entre os resultados da produção científica brasileira desenvolvida nas universidades e institutos de pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos e processos nas empresas.
O tema esteve em pauta na Conferência do Sudeste de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada entre os dias 3 e 4 de agosto, em Belo Horizonte, a partir da qual serão elaboradas propostas para a Conferência Nacional, agendada para novembro, em Brasília.
A distância entre as universidades e institutos de pesquisa e as empresas pode ser medida pelo baixo número de pesquisadores contratados no setor privado: 23% contra os 54% da Coréia do Sul. Quando, no entanto, esses dois setores trabalham em parceria os resultados são positivos.
Um dos exemplos clássicos do sucesso da interação universidade e empresa para a inovação é a tecnologia da águas profundas implementada pela Petrobras com o apoio de 129 grupos de pesquisa em todo o país, como lembrou Evandro Mirra, presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). "Outro exemplo é o do Programa Genolyptos, do Ministério da Ciência e Tecnologia, que reúne 12 empresas, sete universidades e três centros de pesquisas", disse.
A Lei de Inovação, promulgada no início deste ano, poderá facilitar a interação. Mas ela pode não ser suficiente para consolidar parcerias. "A universidade é extremamente conservadora. Os currículos são engessados e não se cria um ambiente propício para o empreendedor", avaliou José Arana Varela, pró-reitor de pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e membro do Conselho Superior da FAPESP, sugerindo uma ampla reavaliação dos currículos. "Não formamos pesquisadores com a visão de tecnologia e não protegemos o nosso conhecimento."
Para Evaldo Vilela, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), a interação com as empresas também dependerá de uma maior agilidade dos institutos de pesquisa já que o conhecimento tecnológico "tem prazo de validade". Cita o exemplo do agronegócio, um dos principais focos de pesquisas da UFV.
"Temos 62 milhões de hectares no agronegócio e potencial para chegar a 170 milhões. Há boas chances com o biocombustível ou com a exportação de carnes bovina e suína, se soubermos aproveitar", disse. Ressalta, no entanto, que é preciso investir em sanidade animal e vegetal, controle de pragas, fertilizantes, máquinas e equipamentos. "Mas é fundamental garantir fluxo de recursos para essas pesquisas. Em melhoramento animal, se parar o fluxo perde-se tudo."
Na avaliação de Altair Rio Neto, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e consultor de desenvolvimento tecnológico da Embraer, os institutos de pesquisa tecnológica têm o desafio de "negociar as tecnologias do século 21" e deveriam, portanto, ser sustentados pelo governo.
Observou que já existem cinco formas básicas de cooperação entre universidades, institutos de pesquisa e empresas, que vão desde o fornecimento de capital humano para integrar as equipes já existentes nas empresas até as parcerias em iniciativas como o Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP, ou em projetos financiados por fundos setoriais. "Mas ainda falta uma proposta: o apoio direto do governo a programas estratégicos na empresa."

Brasil sobe em ranking de tecnologia

O Brasil subiu cinco posições no ranking global de tecnologia da informação do Fórum Econômico Mundial e agora ocupa o 56º lugar entre 138 países. O levantamento apontou melhora do ambiente de negócios para o setor, mas o considerado excesso de regulação e impostos ainda pesa desfavoravelmente, conforme a 10ª edição do levantamento.

Apesar do avanço, o Brasil está atrás de outros dois Brics, a China (36º) e a Índia (48º), superando somente a Rússia (77º). “A China é de longe o país que mais alavanca a tecnologia entre os quatro Brics”, diz a entidade. Desde 2006, a China ganhou 23 posições no levantamento. Entretanto, o ranking também aponta problemas no ambiente empresarial, elevada carga de impostos e a “limitada” liberdade de imprensa – enquanto o Brasil aparece bem avaliado nesse último quesito.
Na América Latina, nenhum país consegue ficar entre os primeiros colocados no ranking global do Fórum Econômico Mundial. Na região, o Brasil perde para o Chile (39º) e Uruguai (45º).
O fórum avalia que o setor empresarial brasileiro é inovador e lidera o uso da tecnologia no País. A sofisticação do mercado financeiro aparece como a melhor nota entre os vários critérios analisados. Conforme a entidade, a tecnologia é um componente da visão de futuro do governo, utilizada para aumentar o acesso aos serviços básicos.
Entretanto, o Brasil aparece em último lugar nos quesitos de regulamentação e taxação. O ambiente de negócios poderia ser melhorado por meio da redução da ineficiência, avalia o fórum.
Embora o setor empresarial seja apontado pela capacidade de inovação, o uso da tecnologia pelas famílias brasileiras encontra barreiras. As tarifas de telefonia celular e banda larga cobradas dos indivíduos no País estão entre as mais elevadas do mundo.
Além disso, conforme o levantamento, o baixo padrão do sistema de educação impede que mais pessoas usem a tecnologia no Brasil.
O estudo avalia que o crescimento das economias emergentes também transformará o mundo da internet, hoje
dominado pela atuação das nações desenvolvidas. A tendência é a de que a atividade online mude cada vez mais para o lado dos cidadãos dos países em desenvolvimento. “A próxima década verá a internet global transformada de uma arena dominada pelos países avançados, seus negócios e cidadãos, numa onde as economias emergentes se tornarão predominantes”, diz o levantamento.
O fórum também acredita que a melhora da velocidade e qualidade da banda larga e a tecnologia da Web 2.0
mudarão dramaticamente a dinâmica econômica e social ao redor do mundo, com grandes implicações para os ganhos de produtividade. Para a entidade, o ambiente representa uma oportunidade de ganhar vantagens competitivas para todos os países.
Suécia e Cingapura continuam ocupando os dois primeiros lugares do ranking, respectivamente. Em seguida
ficaram Finlândia, Suíça, Estados Unidos, Taiwan e China, Dinamarca, Canadá, Noruega e Coreia do Sul, completando os dez primeiros colocados. “Os países nórdicos e Tigres Asiáticos confirmam sua liderança na adoção e implementação de avanços na área de tecnologia da informação para sustentar o crescimento e desenvolvimento”, diz o comunicado do fórum.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Brasil cria sistema eletrônico para rastreamento do gado


Brasília, 18 abr (EFE).- O Governo brasileiro e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) apresentaram nesta quarta-feira um sistema eletrônico de rastreamento de gado para dar "credibilidade" aos produtos do setor.
Chamado de Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), o sistema vai ser implantado em todo o Brasil no prazo de 60 dias e será integrado a outros métodos atuais de controle de cabeças de gado e de vigilância sanitária, informou o Ministério da Agricultura.
O ministro da pasta, Mendes Ribeiro Filho, afirmou que a partir de 1º de julho todos os registros de passagem de cabeças de gado do país serão eletrônicos.
De forma paralela, o Ministério manterá um banco de dados unificado, que servirá para centralizar as informações com o objetivo de ganhar agilidade na tomada de decisões quando for necessário interromper o trânsito de bovinos por problemas sanitários surgidos em alguma região.
A senadora Katia Abreu, presidente da CNA, afirmou que o PGA é o "maior sistema de rastreamento" agropecuário do mundo e garantiu que este poderá se estender aos produtos lácteos e agrícolas.
A plataforma eletrônica, que exigiu três anos de desenvolvimento, será apresentada aos principais importadores do Brasil como uma garantia de transparência no transporte de carne.
Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo e, no ano passado, exportou 1,4 milhão de toneladas, conforme os dados oficiais.
O país enfrentou problemas nos últimos anos para exportar à União Europeia e à Rússia, os dois principais mercados, por queixas pelas deficiências nos controles veterinários e de origem registradas em algumas zonas produtoras.
Em junho, a Rússia vetou a importação de carne de 89 empresas dos estados do Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná, três das principais regiões produtoras do país, por supostos problemas nos controles sanitários. EFE

CEOs do Google e Oracle batalham por patentes em tribunal



O sistema operacional Android para celulares inteligentes é um ativo muito importante para o Google, mas não é crítico, afirmou o presidente-executivo da empresa em depoimento judicial.
Larry Page depôs pelo segundo dia, nesta quarta-feira, em uma grave disputa judicial com a Oracle quanto à tecnologia de smartphones. A Oracle abriu processo contra o Google em agosto de 2010, alegando que o sistema operacional Android desenvolvido pela empresa viola seus direitos de propriedade intelectual sobre a linguagem de programação Java.
Larry Ellison, presidente-executivo da Oracle, depôs na terça-feira afirmando que a Oracle havia estudado a possibilidade de desenvolver um celular inteligente próprio, mas decidiu contra a ideia.
Questionado por um advogado do Google, Ellison afirmou que a Oracle considerou diversificar para além do seu principal negócio de software de banco de dados e comprar um fabricante de smartphones, incluindo Palm e Research in Motion, fabricante do BlackBerry. "Foi uma ideia que eu queria explorar. Nós analisamos isso e decidi que era uma má ideia", disse no tribunal, segundo o jornal inglês The Guardian.
O Google, por sua vez, afirma que não viola patentes da Oracle e que esta não tem direito de aplicar propriedade intelectual sobre certas porções da linguagem Java, uma linguagem de software "de fonte aberta", ou publicamente disponível.
Ellison afirmou ao tribunal também que o Google é a única empresa que não comprou alguma licença do Java, enquanto outras companhias, como Samsung e Amazon, compraram. "Só porque algo é open source não significa que você pode fazer o que quiser com ele", disse.
Questionado pelo advogado da Oracle, Page disse que o Android é muito importante, mas contestou sua definição como "crítica". Ele afirmou em seguida que não se surpreenderia caso o conselho do Google tivesse sido informado de que o Android era crítico para a empresa.
Page também declarou que não estava ciente das políticas do Google quanto a copiar propriedade intelectual de outras empresas, mas afirmou que sua companhia nada fez de errado. "Fomos muito cuidadosos quanto às informações que usamos e aquelas que não usamos", disse ele.
Entenda o processo Oracle-Google
A Oracle processou o Google em agosto de 2010 sobre sete patentes e reclamações de direitos autorais sobre a linguagem de programação Java. De acordo com a Oracle, o sistema operacional móvel Android, do Google, ignora os direitos de propriedade intelectual do Java, que foi adquirido quando a empresa comprou a Sun Microsystems.
O Google afirma que não viola as patentes da Oracle, e que a Oracle não pode ter os direitos autorais sobre certas partes do Java, que é uma linguagem de programação. O julgamento diante do juiz distrital William Alsup, em São Francisco, deve durar pelo menos oito semanas.
No início do processo, as estimativas de prejuízo eram de US$ 6,1 bilhões. Mas o Google limitou as reclamações da Oracle e agora permanecem apenas duas patentes, reduzindo os possíveis prejuízos. A Oracle está buscando aproximadamente US$ 1 bilhão em violação de direitos autorais. Nas duas patentes, a companhia rejeitou uma oferta de acordo do Google de US$ 2,8 milhões, mais 0,5% da receita de uma patente do Android que expira em dezembro e 0,015% de uma segunda patente que expira em abril de 2018.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

3G: Crescimento da base supera dois dígitos em março no Brasil

O Brasil fechou março de 2012 com mais de 250,8 milhões de linhas ativas na telefonia móvel e teledensidade de 128 acessos por 100 habitantes. O número absoluto de novas habilitações (3,2 milhões) é o maior registrado em um mês de março nos últimos 13 anos e representa um crescimento de 1,30% em relação a fevereiro, revelaram os dados da Anatel, divulgados nesta terça-feira, 17/04.

O forte impulso também é contabilizado na Terceira Geração. De acordo com a agência reguladora - de fevereiro para março, o crescimento ficou em 10,11%. A base 3G chegou a 52 milhões de acessos - 8.485.743 de dispositivos móveis(modems) e 43.471.644 milhões de celulares 3G, que já representam 17.33% do market share de tecnologia. O GSM ainda lidera absoluto com 78,75% ou 197.520.573 de acessos.

Entre as operadoras, a TIM registrou o maior número de adições líquidas em março entre as operadoras brasileiras de telefonia móvel, com 1,297 milhão de novos assinantes, totalizando 67,217 milhões de usuários, e uma participação de mercado de 26,80%, ante 26,62% em fevereiro. A Vivo, que mantém a primeira posição, adicionou cerca de 860 mil usuários, totalizando 74,78 milhões de assinantes. A operadora registrou ligeira queda na participação de mercado, passando de 29,85 para 29,81%.

A Claro fica cada vez mais na terceira posição e vê a distância para a TIM aumentar. Em março, fechou com 24,56%, quando em fevereiro, contabilizava 24,66%. A operadora foi a que registrou o menor número de adições - 495 mil, fechando o mês com 61,595 milhões. A Oi também não teve um bom desempenho. Adicionou 510 mil usuários, ficando com 18,53% de market share, quando em fevereiro, detinha 18,56%. No total de assinantes, a tele chegou a 46,47 milhões.

Microsoft ''enxuga'' número de versões do Windows 8 que rodará em tablets e PCs


A Microsoft anunciou nesta terça (17) quais serão as versões do Windows 8, sistema operacional que funcionará tanto em tablets como em PCs. Serão apenas quatro versões (Windows 8, Windows 8 Pro, Windows 8 Enterprise e Windows 8 RT) – o sistema operacional atual, o Windows 7, tem seis edições (Starter, Home Basic, Home Premium, Professional, Enterprise e Ultimate). A empresa ainda não revelou a data de lançamento do novo sistema operacional.
De acordo com Brandon LeBlanc, gerente de comunicações da Microsoft, a intenção da companhia é tornar mais fácil para os clientes saberem quais edições do Windows 8 funcionam melhor em seus computadores – seja para uma nova máquina ou na atualização do sistema em um PC antigo.
Para PCs e tablets equipados com processadores x86 (de arquitetura Intel), com 32 ou 64 bits, o consumidor poderá escolher entre duas edições, a Windows 8 ou a Windows 8 Pro.
O Windows 8 será uma versão mais “simples” do sistema, que virá com a Windows Store (loja de aplicativos da Microsoft), Windows Explorer (em versão atualizada), Task Manager, suporte a multi-monitores e a possibilidade de alternar idiomas da interface (o consumidor não precisa mais basear sua decisão da compra do software no suporte a uma língua X ou Y).
Já o Windows 8 Pro  é indicado para profissionais nas áreas de negócios e tecnologias, que inclui todos os recursos citados anteriormente, além de recursos de criptografia de dados, virtualização, gerenciamento de PC e conectividade por domínio. Os usuários da versão Pro terão ainda o Windows Media Center, que funcionará como um plug-in no novo sistema operacional.
Haverá também uma edição do Windows 8 especificamente para clientes corporativos no programa Software Assurance. O Windows Enterprise 8 inclui todos os recursos do Windows 8 Pro, mais recursos para organização de TI que permitem a gestão e implantação de computadores, segurança avançada, virtualização, recursos de mobilidade, entre outros.
A terceira e última versão, a Windows RT, é destinada a tablets que usam processadores ARM e será mais “leve” para evitar gasto excessivo de bateria. Essa edição incluirá versões aperfeiçoadas para uso do Microsoft Word, Excel, PowerPoint e OneNote em telas sensíveis ao toque.